segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

"Era uma casa muito engraçada. não tinha teto, não tinha nada..."

São palavras de uma música, mas bem poderia ser o hino de nossa casa no momento.
Esta postagem é bem grande, com muitas fotos.
Reformar nunca é fácil e quando o dinheiro termina a coisa só piora.
Dinheiro até que temos, mas o problema é ele estar nas mão dos devedores que não nos pagarem.
No momento, em vez de sentir raiva deles, estou exercitando a oração pra tolerar e pra que eles alcancem situação financeira pra nos pagar.
Eu não gosto de deixar de pagar em dia nem a conta de água do mês, que é a mais barata que pago, por isso acho muito estranha a atitude de quem não cumpre com data e valor de seus débitos.
Já contei que em poucas horas, num determinado dia do mês de junho   nós ficamos, literalmente, sem casa.
Sabíamos que os cupins tinham se deliciado da madeira de nossa casa, mas em nem um minuto de minha vida eu tinha imaginado o que eu iria ver antes do dia acabar.
Lembro que vi os pedreiros começarem a retirar as telhas e saí em busca de uma escada e quando cheguei no portão, no fim da tarde, e vi somente 4 paredes grudadas no paredão do fundo do quintal entrei em choque e chorei : ERA UMA CENA TERRÌVEL ! Tipo, cadê a casa que estava aqui?
Agora não tinha mais volta, era reconstruir.
Meus filhos me ajudaram e m todos os momentos até podermos voltar pra casa, que está assim, meio sem teto, sem tinta, sem vidros nas janelas, mas estamos indo em frente.
Com dignidade estamos reconstruindo.
Agradecemos a ajuda recebida de familiares e de amigos.
Agradecemos aos nossos clientes.
Agradecemos aos pedreiros.
A maioria das fotos são do Vini, registram os momentos entre junho e agosto de 2018.

A casa em junho de 2017:




Em outubro de 2017, com a pequena garagem:


Retirada dos forros, das telhas e demais madeiramento:



Pedreiro Claudecir fazendo seu trabalho:


A cena que me chocou: "-Cadê minha casa? "


Eu e Vini conversamos muito até acharmos uma solução pra termos um quarto pra ele e um pra Anita, a decisão foi fazer um piso superior, onde o forro da casa já seria o assoalho do quartos.
Primeiro desenho da reforma:


Segundo desenho da reforma:


Terceiro desenho da casa, percebemos que precisávamos de acesso ao andar de cima:


Fiz marcações onde eram entradas/saídas de energia em TNT vermelho e de água em azul para facilitar nas futuras reinstalações.



Compra da madeira forro/assoalho:



Início da colocação do forro do meu quarto e assoalho do quarto da Anita:










Heloísa Dacorégio, minha sobrinha, entregando o desenho da casa: 






Tio Nilo ajudou os pedreiros a colocarem a escada de modo melhor pra poder seguir com o andar superior:









Dia 29 de junho, foto para relembrar os recortes de rosas que colei sobre a porta em 2008:




Levantando as paredes da sala e colocação das janelas:















Rebocando a sala:


Dia 4 de julho de 2018, reboco geral:






Vou deixar a parte da cobertura da casa pra uma segunda postagem.



quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Loucos e Santos

Loucos (eu) e Santos (alguns)
                                                                                                                                      por Oscar Wilde
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.

Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Enfim,
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril .


Gosto muito desta mensagem, tenho amigas queridas as quais admiro muito e valorizo todo apoio que recebo sempre. 

Nestas fotos estamos eu e meus irmãos, os meus primeiros amigos.