TRADUZIR-SE é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira. Uma parte de mim alomoça e janta: outra parte se espanta. Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de repente. Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem. Traduzir uma parte na outra parte _ que é uma questão de vida ou morte _ será arte?
Ferreira Gullar
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Há muitas coisas que eu quero poder fazer ou viver e às vezes me lembro que certas coisas que acho bonitas hoje já considerei feias (um exemplo são os telhados retos das casas que eu detesto, mas já me agradaram) e mesmo sendo assim inconstante vejo que acrescentar sabedoria, bom gosto e amadurecimento é passar por essas alterações de pensamentos.
Uma vez li uma frase que dizia "É preciso ter coragem para mudar", então, que eu nunca me acovarde, mesmo que isso traga estranheza até para mim mesma.
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