Era uma vez uma onda que amava um penhasco em algum lugar do mar...
A onda espumava e bramia em torno dele.
Beijava-o noite e dia, enlaçava-o com seus braços muito brancos.
Gemia, soluçava e implorava para que fosse junto dela.
Adorava-o e aos poucos foi solapando.
Um belo dia, com a base toda escavada, ele cedeu e tombou nos braços dela...
Deixou de ser penhasco para ser solapado, amado e deplorado.
Era agora só um pedaço de rocha submerso no fundo do mar.
A onda ficou decepcionada!
Sentindo-se lograda, saiu à procura de outro penhasco.
...O que é móvel é sempre mais forte do que é fixo.
Por se tratar de texto relacionado com o mar é que as fotos me lembraram dele e de eu ter dito que começa há muitos anos esta postagem. Tenho ainda guardado comigo a folha de papel onde o transcrevi .
Lindo isto. Me faz meditar. Com certeza ele falava das relações humanas. Diz-se que Remarque, (pseudónimo de Erich Paul Remark (Osnabrück, 22 de Junho de 1898 — Locarno, 25 de Setembro de 1970 e alemã). foi um grande escritor e conhecedor das dores por ter lutado na Primeira Guerra Mundial.
Vale duas reflexões:
Primeira- Esse amor que não faz o outro crescer, com certeza, não é amor. Pode ser tudo o que tem que ser vivido por determinadas pessoas e num determinado momento, pra aprendizagem, pra auto-conhecimento e até pra sensação de vitória, mas não é amor, é apego. Pega-se coisas, objetos. O essencial é invisível aos olhos, o que diremos então sobre não ser tátil? O que importa é mais do que o material.
Segunda- Acho que jamais devemos esquecer das nossas origens e nem devemos negá-las, embora eu brinque dizendo que quando enriquecer irei esquecer de ter sido pobre, kkk
E você, pensa no que ao ler sobre essa lenda?
Fotos de Vinícius Poffo
Bom dia para nós!
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